A alimentação escolar é essencial para a promoção da educação, da saúde, da paz e da coesão social. Em tempos de restrições sanitárias impostas pela pandemia de COVID-19 e de suas consequências, crianças, especialmente meninas que vivem em situações de conflito e de emergência, dependem da continuidade, da sustentabilidade e do aperfeiçoamento de programas de alimentação escolar. Apesar de avanços recentes e do investimento realizado por diversos governos, que contribuíram para tornar a alimentação escolar a rede de segurança social mais extensa do mundo, 349 milhões de pessoas em 79 países enfrentavam insegurança alimentar aguda, incluindo 153 milhões de crianças e jovens. Num momento em que países e seus parceiros avaliam estratégias para diminuir a desnutrição crônica, a má-nutrição e a pobreza, a discussão de modelos de alimentação escolar torna-se imperativa. Diferentes contextos impõem diferentes modelos de implementação de programas nacionais de alimentação escolar. Uma das maneiras de classificar esses modelos é pela forma como os recursos financeiros são distribuídos até as escolas, o que pode ocorrer de forma centralizada, mista ou descentralizada. Com o objetivo comum de gerar capital humano, apoiar o crescimento nacional e promover o desenvolvimento socioeconômico, essas abordagens têm vantagens e desafios.